Foi aprovado em primeira discussão na Câmara de Vereadores de Americana, na última quinta-feira (25), o Projeto de Lei nº 66/2017, de autoria de diversos vereadores, que altera a lei municipal nº 5872/2016. Se aprovado, o feriado da Consciência Negra deixa de ser comemorado no dia 20 de novembro e passa a ser instituído no terceiro domingo do mês. A mudança é estratégica para a economia local, já que um terceiro feriado em novembro custaria cerca de R$ 86,7 milhões do PIB local, estimado em R$ 7,1 bilhões divulgado pelo IBGE em 2012 e publicado no site oficial da Prefeitura. Esse valor perdido será pago por todos os cidadãos, já que, se diluído, para cada americanense custaria R$ 403,93. A segunda discussão do PL acontece nesta quinta-feira (1).
Desde que a lei foi sancionada, no primeiro semestre do ano passado, ao FDCA (Fórum de Desenvolvimento e Cidadania) atua para que a Consciência Negra seja celebrada na comunidade americanense, mas que para isso a economia não seja fortemente afeta. “Entendemos a importância da data, a importância de despertar na comunidade a igualdade racial, mas não podemos permitir que um terceiro feriado em novembro prejudique a economia e o trabalho de milhares de empresas que lutam para garantir emprego e renda na cidade, pois isso afetará inúmeras famílias”, comentou o porta-voz do Fórum, Danilo Luchiari.
Mudança na data não altera importância da Consciência Negra
Durante o uso da palavra, o vereador Luiz Cezaretto, o Luiz da Rodaben (PP) disse que a transferência da comemoração para um domingo em nada muda o respeito à comunidade negra. “Dia das Mães e Dia dos Pais caem no domingo. E nem por isso a festa é menor”, afirmou.
Já o vereador Welington Rezende (PRP), que também votou favorável disse que o poder público não vai perder a oportunidade de valorizar a Semana da Consciência Negra, com a organização de eventos e debates.
Confira como foi a votação:
Favoráveis: Luiz da Rodaben, Gualter Amado (PRB), Guilherme Mancini (PSDB), Guilherme Tiosso (PRP), Kim (PDT), Dr. Otto Kinsui (PMDB), Pedro Peol (PV), Rafael Macris (PSDB), Thiago Martins (PV) e Welington Rezende (PRP).
Contrários: Judith Batista (PDT), Juninho Dias (PMDB), Léo da Padaria (PC do B), Maria Giovana (PC do B), Odir Demarchi (PR), Professor Padre Sérgio (PT), Thiago Brochi (PSDB) e Vagner Malheiros (PDT).